Guardo no meu silêncio
A ciência do sentido
Que é de todas as casas
A mais inacessível.
É pelas janelas da minha alma que voo
Com a primavera extasiada
Pelas cores despertas
Quando o céu é o pensamento.
E sigo na paisagem que se perde,
Entre o cheio e o vazio,
O dentro e o fora,
A luz e a sombra,
Preso ao fio da existência,
Paciente.
Guardo cada um esses pedaços
De cal, terra, pedra, musgo e sol,
E construo, com a frágil delicadeza das raízes,
As cidades imaginárias do amor
Com seus parques de sorriso e voz,
Onde me sento.
Fecho os olhos.
Aqueço a noite.
E sinto o sabor volátil,
Irrepetível,
Colado à língua,
Do que é viver.
RB., Junho 2013
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